domingo, 8 de janeiro de 2012

E aí...


... você se pega chateado. Triste e se sentindo a última pessoa da vida.
Você acha que as pessoas tem obrigação com você, porque você teria essa ou aquela atitude com a(as) pessoa(s). Você se chateia porque acha que aqueles em quem você pensa não ligam pra você. Mas não tem certeza se esqueceram e também não interessa saber - aprendi que certas coisas são melhores se NÃO conhecidas...

E de que importa, se a vida continua? Importa o que faz parte da sua vida e essa chateação envolve itens que te importam. Amizade, cumplicidade, confiança, carinho... tudo isso te importa, porque você sabe exatamente o que tem no seu coração.

E mais uma vez você aprende a lição (será?), que deve ser eterna e nunca esquecida: você faz o que quer fazer e por quem quer fazer porque QUER fazer. Esperar??? JAMAIS. E se te pedirem pra reconhecer, você reconhece todos os lados do mesmo cubo. Só não entendeu porque um lado ficou ocultado... afinal, para que os outros possam ser vistos, um sempre fica de cabeça pra baixo. E assim vai, cada dia, uma face fica esquecida/escondida/ocultada.

E você se pega ainda mais chateado depois dessa constatação... chateado, antes de qualquer coisa, consigo mesmo por estar chateado com a situação anterior. E a outra chateação é a da esperança da reciprocidade, você é humano, você sente isso e gosta da expectativa de que o que você faria é/vai ser o que farão por você na mesma proporção. E sabe que não foi a última vez que se decepcionou... e sabe que se houver uma culpa essa, ainda por cima, pode se voltar contra você. Justa? Quem foi que te disse que a vida é justa?

Há um tempo atrás eu me "achava" A "poeta"; nem é no sentido de ser poeta de verdade; eu teria que ter o brilho de transformar combinações de palavras em mito. Mas é no sentido de que eu transformava em verso (ou em pequenas reflexões) coisas que faziam sentido pra mim.

Não acho, infelizmente, o caderno que continha uma na íntegra e que faria jus ao momento exato que é agora. Mas ela dizia que você dá ao outro o que quer e acha certo. Esperar o mesmo em troca é bobagem, pois o outro pode não sentir a mesma coisa pra fazer o mesmo ou sente mas demonstra de outra forma.

Bom, que assim seja...


Música: Queen - You're my best friend - http://www.youtube.com/watch?v=c2JSUXaY-tw&ob=av2e
Filme: My sister's keeper
Livro: Através do Espelho - Jostein Gaarder

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá...
Descobri seu blog "por acaso" pesquisando no google sobre um assunto, li todos os textos, é incrível como muitas coisas que você descreve são pensamentos, sentimentos similares aos meus...pelo menos eu achei isso, talvez esteja enganado...não sei de onde você é, não sei se você vai chegar a ler isto, mas são posts excelentes, você sabe se expressar incrivelmente bem...
Eu também comecei a escrever faz pouco tempo, mas acho que eu não tenho muito "talento", ou inspiração para isso, se quiser ver é esse aqui:
http://pensamentodivagante.blogspot.com.br/2012/05/segundo-post.html?m=1

Apenas eu... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Apenas eu... disse...

Não se pode agir bem só pela espera de recompensa futura (age-se bem porque sim, mas não para esperarmos o bem de volta para nós). Se eu dou um presente a uma amiga, não posso ficar à espera que ela me dê um a mim também: it doesn't work that way... eu dou porque gosto de dar. A ideia é a pessoa dar (ou agir/ou ajudar) sem esperar nada de volta, mas que seja genuino pois só se for genuino é que volta para nós (através doutras mãos, de outras pessoas, de outras formas) e volta para nós na proporção que nós demos e equivalente ao bem que praticamos; ou seja eu dou uma esmola de 5 euros a um pobrezinho, não significa que me vão dar a mim 5 euros um dia, apenas sei que o valor que os 5 euros representa para o pobrezinho virá para mim um dia, ou nesta vida ou noutra tanto faz, e poderá vir sob outra forma que não em seja dinheiro mas que equilave ao valor que esses 5 euros teve para o pedinte. You see my point?

Outra regra é não se pode ignorar o que nos é oferecido: se a vida nos dá limões TEMOS que agarrar neles e fazer limonada... não vale a pena ficarmos à espera das laranjas (ou do vodka) se a vida te dá (de mão beijada) os limões agarra neles e faz qualquer coisa deles enquanto estiverem maduros.... Se a pessoa ignorar o universo deixa de dar! É como em tudo: se eu ofereço todos os dias um café a uma colega e ela nunca aceita eu às tantas deixo de oferecer... Se o universo te dá, agarra, faz qualquer coisa...