domingo, 6 de novembro de 2011

E a vida segue...


... é assim, cada um com sua crise.

A minha, atualmente, tem sido tentar entender o incompreensível. E conclui que não devo entender nada, cada um sabe o que faz, como faz e o motivo por que faz. Mas de qualquer forma, algumas coisas só saem das nossas cabeças se desabafadas.


Minha dúvida é minha, mas acho que muita gente já passou por ela: por que a gente se irrita quando alguém, pelo menos aparentemente, faz algo do jeito que quer e isso indiretamente te afeta?


Esse é o problema... quando você faz algo que quer do jeito que quer, mas tem alguém "no meio do caminho" e se esquece que esse alguém, por ser alguém, DEVE ter algo de sentimento e ser humano ali, você não percebe/nota/repara que pode ter magoado. Não é bem no MEIO do caminho, mas ali na sua história, vivendo o mesmo momento e até mesmo compartilhando alguma coisa com você enquanto suas decisões são muito suas... e essa pessoa simplesmente desaparece de cena. Hum... desaparece do SEU cenário, porque a vida dela também continua. Suas consequências na vida dessa pessoa não são sentidas por você, porque você simplesmente decidiu o que era melhor pra si, então tudo certo. O que será dela depois... tanto faz, você vai viver, mas não o suficiente pra saber. Você sai ileso, sem dores ou penas... a pessoa que estava envolvida, bem... dela só ela sabe (e do que restou nela também, afinal, a vida dela continua também... com ou sem você).


Tá meio confuso, mas assim... somos donos das nossas decisões, temos as nossas atitudes, cada qual é responsável pelo que faz. O temor que tenho, a inquietude é a seguinte: até que ponto as pessoas chegam a pensar no próprio umbigo - ou no umbigo de quem interessa - sem pensar se vão usar outra pessoa?


Ok... há situações em que se não pensarmos em nós mesmos, pessoas de mau caráter passarão por cima como tratores. A dica de livro que vou postar abaixo é bem isso, de situações extremas em que somos expostos à psicopatia alheia. Mas há situações em que o respeito deve ser mantido pois o outro é ser humano, tem história, tem família, tem lar, tem sentimentos, tem VALORES.


A lição do momento é: nunca ultrapassar seus limites sem sua própria permissão. Parece meio óbvio, mas olha... tenho certeza de que muita gente já fez coisas mais pensando na reação do outro do que nas próprias vontades. Já fui onde não queria estar simplesmente porque não queria chatear ninguém. Isso não se faz. Já liguei quando achei que não deveria ligar, só pra não passar a imagem de orgulhosa demais. Já falei o que realmente não sentia pra tentar ser recíproca, quando na verdade, eu nem estava sentindo tudo aquilo...


Devemos fazer nossas vontades, respeitar a si próprio, mas o mínimo de respeito com o próximo deve existir. Próximo: seres humanos, animais, plantas, não importa. Sem isso, adianta pensar num mundo melhor? Se a sua participação é deletéria, o mundo melhor será pra quem?



Música: trilha sonora inteira de Into The Wild (show do Pearl Jam foi há dois dias, ainda em "surtos" pelo fato de o Eddie Vedder ter mandado a Setting Forth no show!)

Filme: W@ll-e

Livro: Mentes Perigosas - Ana Beatriz Barbosa Silva


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Viagem pura...



Voltando ao blog depois um ano e alguns dias... eu nunca consigo me desfazer disso aqui, deve haver algum sentido que eu ainda não descobri... talvez descubra um dia, talvez nunca descubra, mas pouco importa; e ele ainda existe é porque há razão de ser assim.


Voltei de Gramado e Canela (RS) muito diferente... acredito, aliás, que a cada nova experiência ficamos diferente. Os valores mudam, a mentalidade muda... o pensamento muda... as preferências e prioridades mudam...


Antes, eu jamais pensaria em abandonar minha segura São Paulo, terra da garoa... segura? Alguém pode pensar que o termo segura é esquizofrênico em vista de tudo de ruim (sem desconsiderar as coisas boas) que essa cidade loucamente grande pode proporcionar. Mas segura no sentido de "moro aqui há 28 anos"... 28 anos, 1 dia e 30 e poucas semanas (contando a gestação da mamma). Quando você conhece e se acostuma com alguma coisa, a tendência é não querer mudar. Eu tinha esse pensamento "seguro", de achar legal conhecer a fundo o lugar e se fixar... agora, penso que quanto mais rumo ao desconhecido, melhor e mais excitante pode ser o aprendizado.


Cidade linda, de pessoas educadas... ar puro, flores espalhadas colorindo naturalmente a paisagem, a magia do sorriso espontâneo e que te deixa feliz por estar ali e ser seu aquele momento... você entende que em outro estado do mesmo país onde nasceu tem formato totalmente diferente de tudo, até do conceito que se tem de trânsito. Numa dessa, eu descubro o que eu quero pra minha vida: ela mesma... mas com muita qualidade. E onde será isso, o tempo dirá.

Na verdade, foram 4 lugares diferentes em duas semanas... Gramado, Canela, Rio de Janeiro e Jundiaí. O Rio realmente continua lindo... vou ter que voltar pra conhecer melhor, mas é grande como São Paulo, não quero. Jundiaí, fiquei menos tempo ainda... agora... RS, disparado!


Férias ano que vem e eu volto... será de abril pra maio, transição outono/inverno, espero que não esteja tãaaao frio, pra que eu tenha tempo de me acostumar. Roteiro provável: sul do Brasil... gostaria de "cobrir" os 3 estados e aí, retorno às Serras Gauchas... ô delícia...


(foto acima; Vale da Ferradura, Canela/RS - clicada por mim! ;)



Filme: Cisne Negro

Música: Sade - Skin

Livro: Ironia - frases soltas que deveriam ser presas (compilação por José Francisco de Lara)